08 novembro 2016

THAÍS RESPONDE - VIDA DE ILUSTRADORA #1



Oi, gente! Tô ressuscitando o blog. A verdade é que eu tentei lidar melhor com o YouTube, mas nossa relação ainda é muito difícil e necessita de muita conversa.

Eu havia prometido a alguns seguidores que, por eu ter conseguido atingir a marca de 6 mil deles no Instagram, eu responderia algumas perguntas em vídeo ou em post. Como foi dito acima, minha primeira tentativa foi em vídeo e não deu certo (até gravei, mas editar é tão uó que... deixa pra lá). Por isso, aproveitei e tô aqui unindo o útil ao agradável, ressuscitando o blog e cumprindo o que foi prometido.

Selecionei algumas perguntas recebidas através do direct do Instagram e, outras, do Facebook. Aqui vão elas:

@albuquerque_yanka perguntou:
Tenho dificuldade em desenvolver minhas ilustrações. Sei desenhar, mas meu nível não é tão avançado. Acha que devo começar a desenhar por onde? E como posso melhorar?
@brunoxavess perguntou:
Como faço pra começar?

Primeiro de tudo, é muito importante que você tenha consciência de que nada será excelente de cara. Muitas pessoas desistem porque, antes mesmo de se dedicar, querem ver resultado. Se você já tem esse pensamento de que as coisas acontecem e se tornam melhores gradualmente, organizar seu tempo de estudo é essencial. Daí você pode partir para as etapas técnicas, como: se habituar a enxergar geometricamente as coisas; estudar anatomia, gesto e outros que eu disponibilizo -em pastas, pra facilitar o processo- no meu Pinterest.

Melhorar significa nunca se acomodar. Há sempre algo novo que precisa ser aprendido por você. A satisfação se dá porque há sempre uma maneira de ser melhor e, quando você nota essa diferença positiva, você quer buscar mais e mais. O segredo de crescer tá em adquirir experiência, em estudar, em praticar. Mesmo que estivéssemos falando do melhor ilustrador de todos os tempos, se ele não persistisse no aprendizado, não ia rolar.

@pedroregis_ perguntou:
Posso ser um ilustrador mesmo sabendo desenhar pouco? (Ex.: alguém que resolveu aprender na fase adulta e gostaria de investir nisso) Quanto, em termos de renda mensal, um ilustrador pode ganhar? Um salário mínimo, por exemplo, no começo?

Sim. É fato que, quando crianças, temos mais facilidade no aprendizado. Entretanto, com um pouco mais de persistência, estudo (disponibilizei algumas pastas de estudo no meu Pinterest, acredito que possa ajudar) e organização, é super possível. Se você possui disponibilidade financeira pra investir, é ainda melhor. Existem vários cursos que facilitam esse processo. Online e presenciais; pagos e gratuitos.

Em relação à renda de um ilustrador, é bastante relativa. Quando se trata de freelancer, esse início é um tanto turbulento e você pode, em alguns meses, não ganhar nem uma moeda pra comprar pirulito. Até ter essa tal estabilidade, é preciso que você estude bastante, apresente seu trabalho e ganhe seu espaço. Dar preço à sua hora de trabalho é algo pessoal. Só você pode dizer quais as suas despesas fixas mensais, e é a partir disso que se calcula o preço que irá cobrar pelo trabalho. O artigo "Um Guia Básico Sobre: Como Cobrar Pelo Seu Trabalho - Para Iniciantes, da Carolina Coroa e da Laura Athayde pro Minas Nerds, é o que eu sempre indico e explica muito bem essa questão.

Adriana Laís perguntou:
Sempre quis saber como você criou seu estilo.
@bllbrrs perguntou:
Acredito que cada ilustrador tenha seu traço característico, que você olha e reconhece logo quem fez. Como você encontrou o seu? Tem dicas ou foi natural?

Encontrar o próprio traço é um processo. Um processo, muitas das vezes, lento. Porém, necessário se você quer viver de ilustração. A sua identidade visual é o que faz o outro reconhecer o seu trabalho antes mesmo de visualizar sua assinatura. A melhor dica é: tenha várias inspirações e não se aproprie do traço dos outros.

É certo que, no início, todo mundo começa com os famosos "decalques". Porém, quando já se está na fase de exposição do seu trabalho, seja pessoalmente ou nas redes sociais, é importante que você deixe claro -caso você tenha tido base no trabalho de um outro alguém- quem é o autor da obra original. Além disso, é importante que o mesmo lhe dê essa licença. Segundo a lei de Direitos autorais (nº 9.610/98) o autor original pode negociar ou não a utilização da sua imagem e tem o direito de processar, diante da lei, aquele que a utiliza de forma incorreta.

Mas nada de medo, não! Sem pressa. Nunca desista ou queira pular etapas. Estude muito as técnicas básicas (acho que posso te ajudar aqui), ponha bastante de você (sejam características físicas ou de personalidade), que a arte, unida à verdade, sempre atrai. Não se prenda às tendências estéticas do momento, mas à sinceridade e ao amor que você tem pelo que você faz. Certeza que chega lá!

Deyze K. Vidal perguntou:
Onde comprar nankin online?
Debora Ellen perguntou:
Onde comprar material bom na internet?

Particularmente, costumo comprar nankin por aqui pela minha cidade mesmo. Acho mais cômodo, apesar de ter pouca variedade. Porém, as lojas Papelero, Fruto de Arte, Casa da Arte e A Casa do Artista são opções online e confiáveis.

Anne Lopes perguntou:
Como não assustar um cliente? Como se divulgar melhor? Quais os nankins que tu usa? Tu usa pincéis? As ilustrações que tu tá colorido agora, são pintadas com quais materiais? 

Todo e qualquer cliente gosta de segurança, não é mesmo? E parte dessa segurança vem do profissionalismo. É muito mais eficiente e tranquilizador ter uma tabela de preços padronizada; tratar o cliente bem, mas com formalidade (mesmo que seja seu familiar ou amigo). Pra muitos, ainda pode parecer "atrasado", mas trate sempre pelo e-mail, nunca pelo WhatsApp. Assim, você pode responder dentro dos horários que você trabalha e nunca será importunado às madrugadas ou fins de semana/feriados, como acontece nas suas redes sociais pessoais. Além disso, é bom guardar os e-mails como forma de garantia, pelo menos até que o trabalho se dê por finalizado (com o feedback do cliente).

A divulgação, hoje em dia, é muito mais fácil do que alguns anos atrás. Com várias redes sociais, inclusive redes de perfis profissionais/artísticos, como, por exemplo, o Behance e o DeviantArt. Utilizar do Facebook, Instagram e Twitter também são uma ótima ideia. Network (rede de relacionamentos profissional) é crucial se você deseja viver disso.

Uso o nankin da Acrilex, pois é baratinho, funciona bem e é fácil de encontrar na minha cidade. Os pincéis são sintéticos redondos, nº 0 e nº 2. A coloração dos meus trabalhos é feita com lápis de cores aquareláveis da Faber-Castell (24 cores) e, posteriormente, umedecidas para dar o efeito aquarelado.

Anderson Almada perguntou:
Você faria suas ilustrações em pixel art? O quão dificultoso seria trabalhar com isso?

Já fiz algumas e eu adoro (amo mesmo, é uma das minhas técnicas favoritas, senão a favorita). Não acho tão difícil, mas confesso que, pra mim, que tenho o costume de trabalhar com mais frequência com ilustração tradicional e até digital simples, não tenho a mesma facilidade com pixel art.

Ramon Almeida perguntou:
Como pagar as contas quando a maioria dos clientes são: "Pode me desenhar?", "Mas, você cobra?"?

Ilustrar é um trabalho como qualquer outro. Se você não tiver dinheiro, no fim do mês, não vai poder fazer a feira do mercado, pagar água, luz ou qualquer outra despesa fixa que tenha. A real é que as coisas não são pagas com sentimento de gratidão. Infelizmente, as coisas tem um preço e, quem admira você e seu trabalho, não vai se contrapor em pagar.

Pra isso, você também precisa valorizar a si mesmo e ao seu trabalho. Se você não fizer isso, ninguém vai. Tempo é dinheiro. Material leva dinheiro também, assim como gastos de formação. Cabe também a você se impor como profissional.

A postagem ficou meio pra não dizer muito longa, mas tá valendo, pelo tempo imenso que fiquei em hiatus. Eu espero que tenham gostado e que tenha sido útil. Espero também voltar aqui pra responder novas perguntas e, de alguma forma, facilitar o caminho de vocês.  

28 junho 2016

TAG: DESCOBRINDO NOVOS BLOGS


Foto: À La Rox
Estou de volta e, dessa vez, vou responder uma tag muito querida qual as queridonas Lidy, Thaty e Aline me indicaram. Muito obrigada, bonitas! Como todas as coisas, aqui também tem suas regras, então lá vão:

 agradecer a indicação, citando o nome e linkando o blog de quem te indicou
 responder as perguntas aí embaixo
 indicar (e comunicar que tu marcou) até 10 blogueiros para responder à tag
 formular 10 perguntas pros indicados responderem (nessa eu vou dar um ctrl + c ctrl + v nas garotas porque eu não sou -nem um pouco- boa nessas coisas)
 deixar o link da tag respondida nos comentários de quem te indicou

As perguntas que eu vou responder foram criadas pela Lidy e, agora que eu expliquei um pouquinho (espero que direitinho) como funciona, acredito que já posso começar:

1 Qual é a sua primeira lembrança relacionada à arte?
Minha primeira lembrança relacionada à arte é da minha tia paterna, Rita. Ela é artesã e sempre gostou muito de arte em geral. Lembro dela me ensinando a decorar papéis de carta com corações vazados, usando lã de aço e folhas coloridas de revista, quando eu era ainda muito novinha.

2 Com quantos anos você começou a desenhar?
Bem, tenho desenhos aqui de quando eu tinha dois anos. É bem engraçado que não eram "bonecos palitos" e, sim, sempre feitos de bolotas. Porém, quando eu comecei a criar um sentimento pela coisa, foi lá pelos seis. 

3 Quando descobriu que a arte poderia ser sua profissão?
Bom, isso já é mais recente. Lá por 2012, quando eu entrei no ensino médio, notei o interesse de algumas pessoas pelo meu serviço. O retorno/interação do público na página no Facebook (na época, porque agora é outra) também me ajudou muito com isso.

4 Qual é o seu material favorito?
Nanquim.

5 Qual é o seu maior desafio artístico?
Nem passa pela cabeça da maioria, mas a vida artística não é mole, não. Existem dois principais fatores que implicam nessa dureza, pelo menos pra mim: a inspiração e a desvalorização. Sobre a segunda, não só financeira, mas profissional, cultural. Desvalorização até mesmo da identidade do artista (quando alguém usa das suas características ou do seu próprio trabalho, sem sua autorização, para lucrar -infelizmente, muito comum). 

6 Qual é o seu artista favorito?
Acho que dois bem clichês -e importantes- na minha vida são o Fábio Valle e o Luigi Lucarelli.

7 Se pudesse escolher uma trilha sonora para a sua vida artística, qual seria?
Não dá pra escolher uma só, pois tem música demais no Spotify (que não é premium, af) e só falta dar tilte. Mas, pra não passar em branco, vai a que eu tô ouvindo aqui: Jealous Guy, John Lennon.



8 Qual ilustração sua você considera seu maior orgulho?
Essa é difícil, porque eu quase nunca fico 100% satisfeita, mas vou procurar uma bonitinha aqui.


9 Você já tentou desenhar com a sua mão esquerda (ou direita, para canhotos)? Como ficou?
Já, com a direita, no caso. Ficou bem lixoso.

10 Mostra pra gente uma imagem do seu mais recente trabalho.
Foi só um rabisco no meu sketchbook pra ilustrar meu look do dia do feriado de sanju, showzão.



//INDICO (para responderem as mesmas perguntas):


06 junho 2016

PAPELARIA FOFA: ONDE COMPRAR ONLINE


foto: Etsy
Caso eu ainda não tenha tornado público, venho, por meio deste, declarar que: sou uma "louca da papelaria". Muito provavelmente você já saiba disso, se nos conhecemos pessoalmente ou, até mesmo, se me acompanha nas redes sociais. 

O fato é que, desde sempre, a maioria dos meus centavos não resistem aos papéis, canetinhas, borrachas (de frutinha, comidinha, macaquinhos, etc *amo*) e outros artigos do gênero. E, atualmente, com as embalagens dos freelas produzidas manualmente, tenho me interessado "pra lá" -que significa "muito além do normal"- em estocar esses materiais em casa.

Haja vista que aqui na minha cidade as opções de papelaria e seus produtos são bem limitadas -e, provavelmente, não sou a única com essa "dificu"-, resolvi pesquisar na internet lojas nacionais (não tenho "core" suficiente para suportar a ansiedade de esperar meses) que oferecem tais produtos e acabei conhecendo lojas muito queridas, quais compartilharei -por ordem alfabética- com vocês:

Como o próprio nome diz, a Amo Fofurices é recheada de coisas assim. São adesivos, canetinhas, diários, planners, lapiseiras, cadernos, bolsinhas (essa de melancia é um arraso *amo*) e outras mercadorias disponíveis para a venda.

Além de itens fofos de papelaria, o estoque da Brilhos e Purpurinas conta com artigos de maquiagem e scrapbooking. Os itens, em sua maioria, são importados e, no site, há uma sessãozinha especial para os produtos da gatinha Hello Kitty.

//DONNA DOLCE
Além de planners lindos, a Donna Dolce também comercializa borrachinhas divertidas (meu item favorito de sempre), papéis de carta, estojos, mousepads, canetas, cadernos, bolsas, acessórios, e outras várias coisas de babar real.

A mesma Fancy Goods que me mata do coração com seus chaveirinhos em formato de comidinhas (coxinha, picanha, sanduíche de mortadela, hambúrguer, brigadeiro -que são meus favoritos- e muitos outros), também oferece artigos fofíssimos de papelaria.

La Pomme nasceu em 2003, mas só em 2010 se tornou um e-commerce. Além de planners, agendas, kits motivacionais, livros de adesivos, a loja também oferece mochilas, lancheiras, bolsas, porta-lápis, capas para iPad, necessaires, porta-documentos, e muito mais. Tudo personalizado, feito exclusivamente para o cliente. 

Um "puxadinho" do blog, a Loja da Laise tem muitos artigos fofos de papelaria; o que inclui clipes lindíssimos, washi tapes, lembretes adesivos, cadernos, kits de escritório, planners, furadores e marcadores de papel. Mas não acaba por aí: o e-commerce também conta com uma sessão de decoração.

Queridinha de quem adora personalizar os pacotinhos antes de enviar, a Veio na Mala conta com uma variedade de produtos de papelaria -inclusive carimbos lindões-, embalagens, festas, scrapbooking e presentes.

Bom, assim como foi muito útil para mim tomar conhecimento de tais lojinhas, espero que seja pra você também! Não é sempre -pelo menos por aqui- que temos acesso a, ao menos uma, loja física com variedade desses produtos, não é mesmo?